Envolvo-me no denso nevoeiro
no mar da solidão
molho os pés, molho o corpo inteiro
procuro a inspiração
Procuro palavras
para atenuar a despedida
o adeus àquela vida
sofrida mas merecida
Vivi-a intensamente
alegre e dolorosamente
agora que partes
a dor é diferente
Vejo a cegueira
em que me encontrava
iludia o meu sofrer
e não sentia nada
Partilhei contigo
os meus sentimentos
ò mar amigo
ò mar confidente
adeus agora
adeus para sempre
Agradeço-te mais que tudo
as lágrimas que me levaste
foram os meus sentimentos
com que ficaste
Guarda-os lá no fundo
onde ninguém os encontre
faz deles o teu mundo
pode ser que me reencontres..
29 maio 2003
08 maio 2003
Sem Inspiração
De me tanto exprimir
sem inspiração fiquei
tenho os sentimentos
não tenho a emoção
Não posso fingir
o que não sinto
engano os outros
mas a mim não minto
Sou filho do tempo
e ele manda em mim
se agora não é o momento
os poemas chegaram ao fim
Contaram uma vida
de sentimentos sofrida
adormecem agora
na esperança de nova vida
sem inspiração fiquei
tenho os sentimentos
não tenho a emoção
Não posso fingir
o que não sinto
engano os outros
mas a mim não minto
Sou filho do tempo
e ele manda em mim
se agora não é o momento
os poemas chegaram ao fim
Contaram uma vida
de sentimentos sofrida
adormecem agora
na esperança de nova vida
Verdade
Acorda-me sonho
que vivo na mentira
não me iludas
com a verdade escondida
Não me negues o sentimento
que por ele eu sofri
não me negues o momento
que já fez parte de mim
Não sofro o que arrependi
não penso o que esqueci
agora não me mintas
não te iludas a ti
De mentira
toda a gente sufoca
não percebo em que é que
a verdade te provoca
que vivo na mentira
não me iludas
com a verdade escondida
Não me negues o sentimento
que por ele eu sofri
não me negues o momento
que já fez parte de mim
Não sofro o que arrependi
não penso o que esqueci
agora não me mintas
não te iludas a ti
De mentira
toda a gente sufoca
não percebo em que é que
a verdade te provoca
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