16 janeiro 2004

Beira-Mar

Sento-me à beira-mar
ao sabor do vento
embalado no sonho
vou adormecendo

Sinto a àgua
a beijar-me os pés
tão fria e tão ardentemente
me fecha os olhos completamente

Embalado nos seus
braços ondulantes
liberto os sentimentos
em soluços constantes

Faço parte agora
do meu eu derramado
sou todo um só mar
e sinto-me desencontrado

O sonho já partiu
a areia o meu corpo invade
vejo o mar outra vez
no dia que tinha começado